segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Crônica - Olha a Elza!

A 6a Parada Gay de Salvador foi um show. Muito brilho, muito gliter, muita alegria. Para atrapalhar a festa, somente as Elzas. “Mas como?” – dirá o leitor – “Coitada da dona Elza, minha vizinha, que foi para mostrar que apóia seu filho Chiquinho, que é gay! Ou da Elzinha, lésbica assumida e militante do GGB.

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Por que as Elzas em geral são mal-vistas no meio?” Calma! Não se trata de nenhuma dona Elza em particular, e muito menos das moças ou senhoras que tenham esse nome de batismo. “Elza” é uma gíria gay para “roubo” e para aqueles que o praticam, especialemente os héteros que se infiltram em agrupamentos gays com a intenção de roubar.

Numerosas pessoas afirmaram que foram vítimas de “Elza”. As “Elzas” estavam por toda parte. Bastava um volume maior no bolso e as “Elzas” ficavam loucas; os desatentos perdiam carteiras, celulares... Por isso, volta e meia, as vozes alegres dos manifestanteseram eram cobertas pelo grito do povo alertando os distraídos: “Olha a Elza!”

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6ª Parada do Orgulho Gay de Salvador

Foto: Luiz Mott

Mesmo de baixo de chuva, a festa do orgulho gay de Salvador não parou

No dia 09 de setembro passado, ocorreu, em Salvador, a 6ª edição da Parado do Orgulho Gay. Muitas pessoas de idades e tipos diferentes participaram do evento, numa festa com muito brilho e glamour. Segundo a Agência Folha, a estimativa da PM baiana é de que cerca de 200 mil pessoas participaram da parada, um número compatível com o que esperava o GGB – Grupo Gay da Bahia, organizador do evento, e dez vezes superior à estimativa de presenças em 2006, que foi da ordem de 20 mil pessoas.

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Gays e lésbicas se concentraram na praça do Campo Grande por volta da 12:00 horas da manhã. Um palanque foi montado para o início da festa, antes que os trios começassem a tocar. Muitas fantasias foram incorporadas à parada. Havia muita gente de fora de Salvador, além de famílias e turistas internacionais.

O casal Otaviano Souza e Mácia Oliveira, participava da parada pela primeira vez. Para eles, este tipo de evento é válido: “Está-se vendo que é uma coisa que está sendo aceita por todos [...] o negócio de discriminação, está acabando”, disseram eles.

Para Luiz Mott, ex-presidente do GGB – Grupo Gay da Bahia – a Parada Gay de Salvador atualmente é a terceira do Brasil, em número de participantes. A primeira é a de São Paulo, com 2 milhões e 500 mil participantes; a segunda é a do Rio de Janeiro, com 1 milhão de pessoas; e a terceira é a de Salvador, com mais de 200 mil pessoas.

O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, afirma que se está dizendo à sociedade que a orientação sexual do individuo não deve ser motivo maior para bloquear sua vida e seu trabalho. Ninguêm tem que ser preterido pelo fato de ser homossexual.

Ao final da 6ª Parada Gay de Salvador, ainda havia pessoas que achavam que a festa não tinha acabado, só estava começando. Segundo a Polícia Militar da Bahia, ocorreram cerca de 15 queixas de assalto e 5 ocorrências de brigas sem maiores danos.

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