
Hip-hop, basquete e muito estilo. Esses são os principais ingredientes ou, melhor dizendo, principais características do streetball, uma nova tendência do basquete que esta virando febre nos "guetos" das principais capitais brasileiras.
O streetball é uma palavra da língua inglesa que significa "jogo de rua", ou seja, o desporto é basicamente um "basquete de rua". Geralmente, ele é praticado em quadras abertas. A partida pode acontecer na quadra inteira, com cinco jogadores de cada lado, ou em meia-quadra, com quatro ou três jogadores em cada equipe.
Os praticantes do esporte, os ballers (boleiros), preocupam-se, principalmente, em fazer mais moves (fintas, dribles) do que ir ao objetivo principal do basquete: a cesta. "Brincar com a bola deixa o jogo mais bonito do que disputado, e isso é legal" diz Sandro Alves, o armador de 22 anos mais conhecido como Tampa.
Em vez de ter um rumo à cesta e chegar mais rápido a ela por meio da velocidade, usam freestyles que são movimentos rápidos e dinâmicos com as mãos (os moves), de forma menos competitiva e mais lenta. Esses movimentos prendem a atenção do adversário que, muitas vezes, não consegue tirar a bola das mãos de seu oponente e dá ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas espetaculares.
O basquete de rua segue, em parte, as mesmas do basquete tradicional, salvo a de que o adversário deve aceitar as humilhações sem encará-las como ofensas, e as divergências devem ser deixadas fora da quadra. O esporte tem ligação forte com a música, principalmente o hip-hop e o rap, estilos musicais ouvidos pelos boleiros, que muitas vezes criam suas jogadas com base nas músicas.
No Brasil, o basquete de rua consolidou-se no começo deste século. Desde 2004, existe o Campeonato Brasileiro de Basquete de Rua, organizado anualmente pela LIBBRA (Liga Brasileira de Basquete de Rua) que, junto com a CUFA (Central Única das Favelas), escolhe, a partir de seletivas estaduais, equipes para disputarem a competição de nível nacional. Os jogos são realizados em baixo do viaduto Negrão de Lima, em Cascadura, no Rio de Janeiro.
Outra organização que trabalha para difundir a cultura do basquete de rua é a LUB (Liga Urbana de Basquete). A LUB tem não apenas a visão de proporcionar o desenvolvimento basquete praticado nas ruas, mas, também, a de formar parcerias e viabilizar atividades sociais, educacionais e esportivas do público-alvo.
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1 comentários:
Se vc puder vissita meu blog. Abraço Roberto (Beto)
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